Porto Alegre, 29 de outubro de 2014 – A incerteza gerada com a expectativa
de anúncio da nova equipe econômica da presidente reeleita Dilma Rousseff
(PT) impulsiona as taxas medidas pelos contratos de Depósito Interfinanceiro
(DI). Por outro lado, o dólar comercial opera em queda ante o real, com a
reavaliação do cenário pós-eleições, refletindo o desmonte de posições.
“Acho que o mercado ainda está pouco na cega até por conta da falta de
divulgação dos nomes para a nova equipe econômica”, diz Vladimir Caramaschi,
estrategista-chefe da Crédit Agricole.
O estrategista lembra, ainda, que nas próximas reuniões do Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) há a possibilidade de a taxa
Selic (taxa básica de juros) voltar a ser elevada. “Mercado desmontou
bastante a aposta de aumento de juros no longo prazo, mas isso não é muito
distante. A possibilidade de alta nas próximas reuniões é bem real”, diz.
No sentido oposto, o dólar comercial opera em queda no pregão de hoje,
mostrando uma reavaliação do mercado em relação do que poderá ser o segundo
mandato de Dilma. A presidente reeleita tem feito discursos conciliadores que
agradam o mercado.
“Ela foi reeleita e não tem o que fazer. O mercado tem de acreditar
agora no sucesso dos propósitos. Ela tem concedido entrevistas conciliadoras”,
afirma o operador de câmbio do Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva
Filho, acrescentando que a posição perdeu espaço no Congresso, o que deixa a
oposição mais forte para emplacar demandas contrárias ao governo.
“A composição do congresso mudou bastante e as oposições estão
unidas. Ela tem de fazer discurso conciliador e atender boa parte das
reivindicações da oposição”, comenta.
O movimento de queda é também reflexo das correções das altas
exageradas dos últimos pregões e de um maior fluxo de capital estrangeiro.
“Um pouco de reflexo da forte entrada de capital estrangeiro que vem entrando
desde o início da semana. Essa forte entrada continua acontecendo acaba
valorizando o real”, comenta Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Por volta das 14h40 (de Brasília), o dólar comercial operava em queda
ante o real, caindo 1,21%, cotado a R$ 2,4440. No mercado futuro, o contrato da
moeda com vencimento em novembro caía 1,03%, a R$ 2.458,500. As informações
partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50