Porto Alegre, 4 de dezembro de 2018 – O dólar opera em queda em relação
ao real desde a abertura dos negócios ainda com o otimismo do mercado depois de
os Estados Unidos e a China anunciarem uma trégua de 90 dias na guerra
comercial entre eles, sem a elevação de taxas nesse período. O viés é
negativo também influenciado pelo leilão de linha – venda de dólar com
compromisso de recompra – de até US$ 1 bilhão a ser realizado hoje pelo Banco
Central (BC).
Às 9h57 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,46%,
cotada a R$ 3,8250 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,8200
(-0,60%) e máxima de R$ 3,8370 (-0,15%). O contrato futuro janeiro caía 0,44%,
a R$ 3,828. Lá fora, o Dollar Index cai 0,54%, acima dos 96,500 pontos. Entre
as moedas de países emergentes, o movimento é misto com destaque para a queda
de quase 1% da lira turca e para alta ao redor de 1% do rand sul-africano.
Apesar do otimismo com o “acordo temporário” entre norte-americanos e
chineses, o dólar segue acima dos R$ 3,80. Segundo os analistas da H.Commcor, o
pregão de ontem já deixava no ar a leitura de que esse otimismo não teria
muita consistência, apesar de “muito potencial”.
A trégua de 90 dias, a partir de 1 de janeiro, no que tange a elevação
de 10% para 25% das tarifas em importações anima, mas ainda “não convence”
investidores, que parecem buscar algo mais concreto para “pisar no acelerador”
em termos de risco.
O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca que o
“rali” pós-G-20 “não durou muito” já que dúvidas sobre os próximos
passos levam investidores a realizarem lucros, enquanto se espera por novos
desdobramentos deste conflito, que deverão manter os mercados “mergulhados”
em alta volatilidade nos próximos três meses.
No meio do dia, tem a oferta do BC de até US$ 1 bilhão em leilão de
linha, o que pode manter o dólar entre R$ 3,82 e R$ 3,83. É a quarta vez em
menos de uma semana que o Banco Central realiza a operação, colocando US$
4,250 bilhões, “em meio à percepção de contínua saída de recursos,
situação essa que tem impactado o câmbio”, reforçam os analistas da
H.Commcor.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 05/06/2025 09:30