CÂMBIO: Dólar cai e opera a R$ 3,88 com maior liquidez

Porto Alegre, 4 de fevereiro de 2016 – O dólar comercial cai 1,02%,
sendo vendido a R$ 3,8800, em um cenário de maior liquidez no mercado com a
entrada de recursos no país por operações financeiras. As taxas de juros
operam sem uma direção definida, repercutindo rumores de uma possível
pressão do governo para um corte na taxa Selic nas próximas reuniões.

“Temos um cenário que vem se desenhando com cada vez mais os bancos
centrais dispostos a injetar dinheiro no mercado, é o caso do Europeu, do
Chinês e Japonês, tudo isso dá a expectativa de maior liquidez em mercados
emergentes e ‘baratos’, isso traz dinheiro para aplicação em renda
variável, renda fixa e compra dessas moedas frente ao dólar”, analisou Cleber
Alessie, operador de câmbio da H.Commcor.

Alessie acredita também que caso o Banco Central do Brasil corte a taxa
básica de juros neste ano, a entidade poderia tentar combater a inflação
sendo mais vigilante com o dólar, que tem forte impacto no índice, tentando
manter a cotação para baixo com uso de reservas.

Para Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut Brasil, a decisão do Banco
Central Inglês de não aumentar a taxa de juros por conta do crescimento
econômico e inflação mostram podem ajudar na entrada de mais recursos no
Brasil, com taxa de juros real mais alta. “O real já se apreciou 9% desde 21
de janeiro”, disse.

Os contratos de Depósito Interfinanceiro com maior liquidez são os que
têm o vencimento para janeiro de 2018, que apontam uma alta de 15,02% para
15,09%, movimentando R$ 12,541 bilhões até o momento, seguido das taxas de
curto prazo com vencimento para julho de 2016, que saem de 14,31% para 14,33%,
com giro de R$ 9,123 bilhões. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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