Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2019 – O dólar comercial opera em queda
desde a abertura dos negócios, no nível de R$ 3,71, reagindo ao anúncio do
governo federal de que a idade mínima para a aposentadoria será de 62 anos
para mulheres e 65 anos para homens em um período de 12 anos de transição. A
proposta está no texto da reforma da Previdência que deverá ser apresentada
ao Congresso nos próximos dias.
Às 9h48 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,45%
no mercado à vista, negociada a R$ 3,7220 para venda, depois de atingir
mínimas a R$ 3,7100 (-0,80%). O contrato futuro para março caía 0,06%, a R$
3,7245. Lá fora, o Dollar Index tinha alta de 0,12%, ao redor de 97,100 pontos.
Ontem, após reunião do presidente Jair Bolsonaro com o ministro-chefe da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a equipe econômica do ministro Paulo Guedes, foi
anunciada a primeira proposta do texto da reforma da Previdência do novo
governo. As idades de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens agradou ao
mercado que respondeu imediatamente ao anúncio renovando mínimas sequenciais
ao nível de R$ 3,71 no dólar futuro.
Para os analistas da H.Commcor, Bolsonaro deu aval para uma proposta de
reforma “consensualmente robusta”, mas observam que essa proposta “já nasceu
com a ameaça de iminentes reduções em meio às óbvias negociações futuras
no Congresso”. Estimativas iniciais é de que a medida, se aprovada, teria
potencial para gerar economia ao redor de R$ 1 trilhão em 10 anos. Abaixo do
estimado inicialmente por Paulo Guedes, de R$ 1,3 trilhão.
Porém, o mercado teme entraves no avanço da reforma da Previdência com a
crise do PSL, envolvendo Bolsonaro, e família, e o ministro da Secretaria
Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o qual deve ser investigado sob
suspeita de desviar verbas de campanha enquanto era presidente do partido. O
episódio é visto como a primeira crise política do governo de Bolsonaro e que
pode
“ofuscar o otimismo dos investidores locais com a largada da reforma”.
Lá fora, o viés é de aversão ao risco não só com o sentimento de
desaceleração da economia norte-americana após dados de atividade mais
fracos, como também à espera do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
que deve decretar emergência nacional para conseguir os recursos para a
construção do muro na fronteira com o México. Com informações da Agência
CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 01/11/2024 16:00