CÂMBIO: Dólar cai impactado por China e produção de petróleo

Porto Alegre, 02 de junho de 2022 – O dólar opera em queda, com direção
definida. Além da confirmação no aumento da produção de petróleo e dos
estímulos chineses à economia, o real se recupera da forte perda de ontem.

De acordo com o economista-chefe da Infity Asset, Jason Vieira, “hoje é uma
correção do movimento extremado de ontem, mas ainda está sem força”.

Para o head de câmbio e sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “o
mercado está positivo hoje, com maior apetite ao risco. O aumento da produção
de petróleo acalma os ânimos, e ajuda a segurar o preço do barril”.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados
liderados pelaRússia, conhecidos como Opep+, decidiram por aumentar sua
produção em 648 mil barris por dia (bpd) como combinado desde sua reunião em
julho do ano passado, quando o cartel começou seu
aumento gradual de oferta após os cortes promovidos na pandemia. A Opep+
também marcou sua próxima reunião para 30 de junho de 2022.

Brigato entende que o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que
cresceu 1,0% ante o último trimestre de 2021, não teve influência no câmbio,
além de destacar que a flexibilização do lockdown na China “destrava a
produção no mundo todo”.

Segundo boletim da Ajax Capital, “por aqui, ativos devem acompanhar a
recuperação do exterior”.

O Ministério da Economia, na China, divulgou uma série de medidas que visam
estimular a economia, como novos incentivos fiscais e anúncios de empréstimo,
observa a Ajax. Ontem, o governo de Pequim solicitou, a bancos estatais, uma
linha de crédito de cerca de US$ 120 bilhões para
investimentos em infraestrutura.

Há pouco, o dólar comercial caía 0,20%, cotado a R$ 4,7950 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de
2022 recuava 0,45%, cotado a R$ 4.833,50.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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