Porto Alegre, 31 de janeiro de 2019 – O dólar comercial opera em forte
queda, no nível de R$ 3,65, reagindo ao apetite global por risco após o
comunicado “dovish” do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)
reiterando que a autoridade será “paciente” quanto a política monetária, o
que resultaria em acomodação da taxa de juros norte-americana ao longo do ano.
Por aqui, notícias de que o presidente Jair Bolsonaro pretende seguir com uma
reforma da Previdência forte alimentam o otimismo na última sessão do mês,
marcada pela formação de preço da taxa Ptax.
Às 10h15 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 1,85% no mercado à
vista, cotada a R$ 3,6550 para venda, depois de oscilar na mínima de R$
3,6460(-2,09%) e máxima de R$ 3,6820 (-1,13%). No mercado futuro, o contrato
para fevereiro tinha queda de 0,81%, a R$ 3,6540. Lá fora, o Dollar Index
operava com leve queda de -0,04%, acima dos 95,300 pontos.
Sobre o Fed, o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos, avalia
que é possível atribuir uma elevada probabilidade de manutenção da taxa de
juros atual por um longo período, com apostas até o fim do ano. “Embora ainda
seja pouco provável uma redução da taxa nos próximos meses, os mercados já
passam a lidar com as alternativas de aperto mantido até então e de
manutenção”, diz.
Ele acrescenta que, o comportamento recente do dólar em termos globais
perdendo fôlego em relação às demais moedas desde dezembro, é mais um sinal
de que superadas as barreiras internas ligadas à reforma da Previdência, há
espaço para nos depararmos com um cenário de apreciação do real mais forte
que o esperado até recentemente.
Com um Fed mais preocupado com o crescimento econômico e menos com a
inflação, a equipe econômica do Bradesco revisou a projeção de mais uma
elevação da taxa de juros norte-americana com apostas de estabilidade, “ao
menos até o fim do ano”, reitera.
Aqui, as notícias de que Bolsonaro quer incluir os militares na reforma da
Previdência adiciona doses de otimismo com o “tão sonhado” ajuste fiscal,
diz a equipe econômica da corretora H.Commcor. Porém, é dia de formação de
preço da taxa Ptax de fim de mês. “O céu de brigadeiro de hoje pode
alimentar a força dos vendidos, mas não se pode subestimar a força daqueles
em pontas opostas”, observam os analistas da corretora.
No radar dos investidores está ainda a reunião da comitiva do governo da
China com representantes do governo norte-americano em mais uma rodada de
conversas sobre a guerra comercial entre os países, “gerando expectativas de
acordo entre as duas potências”, reforçam analistas do Bradesco. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 01/11/2024 16:00