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CÂMBIO: Dólar comercial sobe mais de 2% com aversão ao risco no exterior

17 de junho de 2022
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Porto Alegre, 15 de junho de 2022 – O dólar comercial fechou a R$ 5,146
para venda, com valorização de 2,32%. Na semana, a moeda norte-americana
acumulou alta de 3,15%. Após o feriado de ontem no Brasil, o mercado absorveu
todo o impacto do clima de maior aversão ao risco no
exterior, que elevou o dólar frente a outras moedas. Para completar o quadro
negativo, o embate entre governo e Petrobras em torno da política de preços
para os combustíveis trouxe de volta as preocupações sobre o risco fiscal.

Após o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, adotar uma
política monetária de maior aperto e absorvendo o tom duro do discurso do
presidente da instituição, Jerome Powell, o mercado internacional assumiu uma
postura mais cautelosa. Hoje, por exemplo, o dollar index teve alta de 1%, indo
a 104,67 pontos.

O mercado iniciou a sexta apreensivo com a decisão da Petrobras em elevar
os preços da gasolina e do diesel. O aumento foi definido ontem em reunião do
Conselho de Administração da estatal e entra em vigor amanhã. A elevação
já era esperada e gerou um desconforte no governo. O presidente Jair Bolsonaro
não poupou adjetivos e críticas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, foi no
mesmo tom e disse que a casa vai avaliar a política de preços para os
combustíveis na semana que vem.

A situação sugere uma possível crise de credibilidade e pode indicar uma
fuga de recursos do mercado brasileiro. O Ibovespa despencou e foi abaixo dos
100 mil pontos. Com o possível encurtamento da oferta da moeda americana, o
dólar se valorizou.

Para Jefferson Luiz Rugik, diretor superintendente de câmbio da Correparti,
o movimento foi espelhando a aversão ao risco da última quinta-feira (16) nos
mercados emergentes. “É um pouco exagerado, deve ter um ajuste, mas há no
mercado um receio de que a inflação no mundo possa causar aumento mais forte
de juros, o que pode levar a uma recessão global”, disse.

Segundo a Mirae Asset, em relatório, o mercado doméstico foi estressado
nesta sexta-feira, depois das ADRs (American depositary receipts), recibos de
ações de empresas brasileiras negociados nas bolsas dos Estados Unidos, terem
despencado no dia anterior, de feriado.

“Tudo porque o Fed resolveu agir mais hawkish, elevando o juro básico em
0,75 pp., a 1,75%”, disse.

Para o banco Ourinvest, entretanto, o mercado já vinha incorporando essa
expectativa nos preços dos ativos, principalmente no câmbio, de forma que o
ajuste nos próximos dias deve ser menor, mas sustentado nesse patamar acima de
R$ 5.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2022 – Grupo CMA

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