CÂMBIO: Dólar comercial tem alta, com commodities e dados fortes nos EUA; Copom no radar

Porto Alegre, 20 de junho de 2023 – O dólar comercial segue em direção definida, subia puxado
pelas commodities, após a China cortar as taxas de juros de um ano e cinco anos, ambas em 0,1 ponto
percentual (pp) e desagradou o mercado.

Além disso, dados fortes de moradia nos Estados Unidos ajudou a fortalecer a moeda e no âmbito
doméstico, os investidores ficam à espera pela decisão de política monetária do Banco Central
(BC), que será definida amanhã (21), após o fechamento do mercado. É unanimidade a manutenção
dos juros em 13,75%, mas os agentes financeiros aguardam por comunicado mais brando.

Na China, a taxa de juros de um ano passou para 3,55% e a de longo prazo, de cinco anos, ficou
em 4,20%. A decisão foi tomada ontem à noite pelo Banco Popular da China (BPoC). Na semana
passada, o banco central chinês já tinha reduzido as taxas de curto prazo para estimular a
economia e surpreendeu o mercado.

Apesar da alta de hoje, o movimento é positivo de fortalecimento do real. Ontem, o banco
norte-americano Goldman Sachs revisou as expectativas para o câmbio e estimou o dólar em R$ 4,40
no final do ano.

Josian Teixeira, diretor e gestor de recursos da Lifetime Asset Management, disse que o dólar
é influenciado pelas commodities, após o corte de juros na China. “Como o Brasil é um país
exportador de commodities, quando existe realização nos preços das commodities por sua vez tem a
desvalorização do real; o dado da China decepcionou, puxou as commodities e o real desvalorizou.
Os dados de novas moradias nos EUA saíram mais fortes-subiram 21,7% em maio ante abril e o mercado
previa queda de 0,8%- e fortalece a moeda; no cenário doméstico, é dia de ajustes de preços e
mercado aguarda o Copom”.

Por volta das 15h55 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,29%, cotado a R$ 4,79
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2023
caía 0,18%, cotado a R$ 4.799,000. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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