CÂMBIO: Dólar e taxas futuras seguem em alta, após prisões da PF

Porto Alegre, 25 de novembro de 2015 – Os mercados de câmbio e de juros
futuros mantêm a trajetória de alta observada desde a abertura, na esteira das
prisões do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves.
Os ganhos da moeda norte-americana no exterior e as apostas de um comunicado
mais duro do Banco Central potencializam o movimento local.

Às 13h35, o dólar comercial subia 1,80%, cotado a R$ 3,7700 para a venda,
tendo oscilado entre R$ 3,8070, na máxima, e R$ 3,7330, na mínima. Na
BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2016, o mais negociado do dia, tinha taxa de
14,180%, de 14,166% no ajuste de ontem; e o DI para janeiro de 2017 estava em
15,26%, de 15,19% na véspera.

Essa maior aversão ao risco se dá diante dos temores sobre os possíveis
desdobramentos das prisões da Polícia Federal na Operação Lava Jato. “O
senador do PT-MS é o principal articulador do governo Dilma no Senado e a
prisão dele deve atrasar votações importantes”, afirma, o analista de
câmbio da Correparti Corretora, Jefferson Luiz Rugik.

Além disso, um operador de renda fixa lembra que o Comitê de Política
Monetária (Copom) anuncia, no fim do dia, a atualização sobre a taxa Selic. A
expectativa é de que o juro básico permaneça em 14,25% ao ano, mas o
comunicado que acompanhará a decisão pode trazer novas mudanças, com um tom
mais firme quanto à convergência da inflação à meta em 2017. As
informações partem da agência CMA.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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