CÂMBIO: Dólar ensaia alta, dividido entre cenário externo e política local

Porto Alegre, 19 de outubro de 2017 – O dólar abriu o pregão em alta em
relação ao real, diante do menor apetite por ativos de risco nos mercados
internacionais, após os indicadores de atividade na China praticamente dentro
do esperado não animarem os investidores. Porém, a expectativa pela retomada
da pauta econômica no Congresso Nacional limita o movimento.

Às 9h50, o dólar comercial subia 0,22%, cotado a R$ 3,1720, enquanto o
dólar futuro para novembro tinha leve baixa de 0,01%, a R$ 3,1770. No exterior,
o dólar perde terreno para as moedas de países desenvolvidos, como o euro e a
libra, mas mede forças frente às divisas emergentes.

A produção robusta das fábricas chinesas (+6,6%) e os gastos do
consumidor (+10,3%) em setembro garantiram uma expansão de 6,8% do Produto
Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano – todos na comparação
anual. Contudo, os números vieram dentro ou próximos das estimativas, o que
reduz o ímpeto nos negócios.

“Agora, os investidores estarão de olho nos dados econômicos a serem
divulgados nos Estados Unidos (11h30), bem como o resultado dos balanços
corporativos e, principalmente, na entrevista do presidente norte-americano
Donald Trump com a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, para um
possível segundo mandato à frente da instituição”, afirma, em relatório, o
analista de câmbio da Correparti Corretora, Guilherme Esquelbek.

Segundo um operador da mesa de câmbio, ao longo do dia podem ser
divulgadas informações a respeito do futuro do Fed, na esteira da entrevista
de Yellen por Trump. “No mais, na parte política doméstica, a votação sobre
a denúncia contra o presidente Michel Temer também veio praticamente em
linha. Com o governo menos ameaçado, crescem as expectativas de uma eventual
aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano”, acrescenta. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2017 – Grupo CMA