Porto Alegre, 23 de março de 2022 – O dólar comercial fechou em 4,843,
com perda de 1,44%. A moeda foi pressionada pelo forte ingresso de recursos
externos, resultado da alta das commodities, e pelo sentimento do mercado de que
as incertezas fiscais estão diminuindo.
De acordo com o sócio da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, “o
dólar faz mais sentido em R$ 4,80, baseado nos fundamentos técnicos. A
redução do déficit primário e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
rejeitando a redução das alíquotas de combustíveis, também contribuem com
este cenário”.
Segundo o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, a fala do
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome
Powell, na cúpula de inovação do Banco de Compensações Internacionais (Bank
of International Settlements, BIS), ajudou a fazer preço.
O fluxo de recursos externos também tem origem nas altas taxas de juros
brasileiras. Ontem, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) sinalizou que a Selic poderá fechar o ano ainda mais alta do que o
previsto pela maioria do mercado.
Mas o ponto fundamental para a sustentação do real é mesmo a alta das
commodities. O petróleo subiu mais de 5% ontem, sustentando também o
desempenho de importantes produtos da pauta de exportação brasileira. Com a
perspectiva de queda no retrovisor, o mercado está vendedor e ajuda a
determinar a queda do dólar frente ao real.
O mercado também avalia a possibilidade do governo americano anunciar novas
sanções contra a Rússia. Com isso, a perspectiva é de que as commodities
subam ainda mais.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 05/08/2025 09:30