Porto Alegre, 28 de março de 2022 – O dólar comercial fechou em alta de
0,56%, cotado a R$ 4,7740. A moeda norte-americana, que chegou a subir mais de
1,3%, perdeu força ao longo da sessão, mas refletiu a queda no preço das
commodities e as incertezas sobre a retomada econômica chinesa.
Segundo o head de câmbio e sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, o
movimento de hoje é uma correção de curto prazo e a “nova onda de Covid na
China incomodou os mercados. O suporte do dólar é de R$ 4,75.
Brigato, contudo, projeta que o cenário de real forte ainda é frágil:
“Este movimento pode mudar a qualquer momento, de acordo com os juros
brasileiros e, principalmente, os juros nos Estados Unidos, que devem
ultrapassar 1,5% ainda este ano”, pontua.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio
Serrano, “começa a ocorrer uma reversão nas commodities, que também é um
movimento de correção”. Ainda assim, explica Serrano, as moedas emergentes
tendem a se valorizar a curto prazo, mesmo com o aumento iminente dos juros nos
Estados Unidos.
A desaceleração chinesa, explica Serrano, é preocupante: “Causa impacto
principalmente no minério de ferro, já que ela demanda grande parte das
commodities no mundo”, analisa.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas
Borsoi, “o lockdown em Xangai pesa sob a confiança na retomada econômica
chinesa, levando à queda significativa no preço das commodities, com destaque
para o petróleo”.
Embora volátil, Borsoi acredita que a queda no preço das commodities e a
taxa Treasury de 10 anos acima dos 2,5% devem fortalecer o dólar.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30