Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2022 – O dólar comercial fechou em queda
de 1,05%, cotado a R$ 5,0510. A moeda norte-americana perdeu durante toda a
sessão, influenciada pelo intenso fluxo estrangeiro na bolsa e alta global das
commodities.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “o dólar
também cai lá fora, o que surpreende devido ao aumento da pressão
geopolítica”.
Rostagno acredita que apesar da boa performance da moeda brasileira, o
fôlego já está chegando ao fim: “Vemos este movimento de valorização como
temporário. Ele tem caráter especulativo e de curto prazo. O risco de uma
correção à frente é grande”, analisa.
De acordo com o sócio da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, “o Brasil
acaba sendo um porto seguro, sendo um dos poucos países com a taxa de juros
real (acima da inflação), com a Selic (taxa básica de juros) caminhando para
os 12%”.
Cozzolino acredita que o real ainda tem espaço para andar: “Boa parte deste
fluxo é pela remuneração de renda fixa real. Se este movimento continuar,
podemos chegar em R$ 4,80. Num cenário de guerra, este fluxo pode continuar
para a bolsa brasileira, dado a nossa força em commodities”, avalia.
Para o economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, “apesar da
ponderação dos investidores com a situação geopolítica, a alta das
commodities favorece os emergentes”.
Assim como no mês anterior, o fluxo estrangeiro tem beneficiado muito o
real: “Dá para cair ainda mais, assim como hoje devemos operar em queda”,
aposta Pacheco, que também acredita que, a curto prazo, a tensão política e
fiscal já está precificada no câmbio.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 14/08/2025 10:30