Porto Alegre, 28 de outubro de 2021 – O dólar segue em forte alta. As
indefinições fiscais e a disparada da inflação impactam diretamente na moeda
norte-americana. Nem mesmo o aumento da Selic (taxa básica de juros), em 1,50
ponto percentual, foi suficiente para fortalecer o real.
De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila
Abdelmalack, “o mercado tinha uma expectativa que o Banco Central (BC) fosse
até mais hawkish (austero). Existe sempre a impressão de que ele (BC) está
atrás da curva, que usa um remédio menos amargo do que deveria”.
O novo adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
dos Precatórios também vai ganhando contornos dramáticos: “O governo
colocou todas as fichas do orçamento de 2022 nesta PEC. Isso (a aprovação)
não é algo tão trivial como disse o (ministro da Economia) Paulo Guedes”,
observa Abdelmalack.
Segundo o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o Banco
Central, ontem, fez o papel dele, pois o balanço de riscos – fiscal e
inflação, por exemplo – só piorou”. Weigt ressalta que embora a declaração
da instituição não tenha sido forte, a ata da reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) pode ser mais conclusiva.
Para Weigt, o problema vai além do fiscal: “O político está mandando,
como no caso dos Precatórios, já que a votação ocorre na Câmara dos
Deputados. Esta indefinição é precificada no câmbio”, aponta. Weigt também
acredita que mesmo com o rompimento do teto, o mercado se acalmaria caso
soubesse que isso não aconteceria novamente.
Por volta das 15h11 (horário de Brasília), o dólar comercial subia
0,75%, cotado a R$ 5,5980 para venda.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10