CÂMBIO: Dólar opera em alta, à espera de leilão de linha e exterior

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2018 – O dólar comercial opera em alta,
acima dos R$ 3,90, após abrir volátil, com investidores no mercado interno à
espera do leilão de linha do Banco Central (BC) – venda de dólar com
compromisso de recompra – de até US$ 1 bilhão no meio da tarde. O cenário
externo segue no radar dos investidores em semana de decisão de política
monetária nos Estados Unidos.,

Às 9h53 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,56%,
cotada a R$ 3,9270 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,9060
(+0,02%) e máxima de R$ 3,9280 (+0,59%). O contrato futuro para janeiro subia
0,21%, a R$ 3,9275. Lá fora, o Dollar Index tinha queda de 0,23%, aos 97,215
pontos. Entre as moedas de países emergentes, o viés é de queda entre as
principais divisas.

Mesmo após a intervenção do Banco Central com o anúncio do leilão de
linha para hoje, a cotação segue acima dos R$ 3,90. A equipe da H.Commcor
ressalta que o “movimento” é mais do que moderar a cotação da moeda e sim,
prover liquidez ao intenso fluxo de saídas financeiras iniciado em novembro.

O destaque na última semana cheia do ano é a reunião do Comitê Federal
de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano), na quarta-feira, que deverá aumentar a taxa de juros
em 0,25 ponto percentual, indo para a faixa entre 2,00% a 2,25%.

A equipe de analistas do Bradesco ressalta que o mais relevante será a
sinalização do Fed quanto aos próximos movimentos, com o mercado monitorando
o discurso do presidente Jerome Powell, “principalmente tendo em vista o
abrandamento do tom (“dovish”) nos discursos recentes”, comenta.

Para os analistas da H.Commcor, Powell reforça o discurso ao declarar que
as taxas de juros estão pouco abaixo da taxa neutra, “encurtando claramente o
espaço para uma política excessivamente contracionista em 2019”. Além da
decisão de política monetária, o Fed também atualizará as projeções para
o Produto Interno Bruto (PIB), juros e inflação.

Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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