Porto Alegre, 14 de janeiro de 2020 – O dólar comercial opera em alta
frente ao real, acima de R$ 4,15 desde a abertura dos negócios, em meio à
valorização da moeda estrangeira à espera da assinatura da “fase 1” do
acordo comercial entre Estados Unidos e China amanhã e ao baixo volume de
negócios no mercado local que reflete em uma forte escalada da moeda em um
curto espaço de tempo.
Às 9h50 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,28%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,1520 para venda, enquanto o contrato para
fevereiro tinha leve alta de 0,07%, a R$ 4,1550. Lá fora, o Dollar Index subia
0,12%, aos 97,465 pontos.
À espera da assinatura do acordo comercial preliminar firmado entre
norte-americanos e chineses amanhã, em Washington, o dólar se fortalece no
exterior frente às moedas pares e de países emergentes. Ontem, os Estados
Unidos retiraram o rótulo de manipulador cambial do país asiático.
O economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, reforça que, apesar
denão trazer nenhuma “implicação real” no momento, a medida do governo
norte-americano é vista como um “gesto de boa fé” e configurou em mais um
importante passo na direção de um maior entendimento entre os países na
disputa comercial que dura há quase dois anos.
A forte valorização do dólar no mercado doméstico, que caminha para o
quarto pregão seguido de alta, é vista como um movimento pouco atípico em
meio à falta de liquidez comum nesta época do ano e com a ausência do Banco
Central (BC).
Para o diretor da Correparti, Ricardo Gomes, a falta de sinalização do BC
em relação à oferta de dólares, seja por meio de leilões de swaps
cambiais, seja por venda de dólares à vista, tem provocado “larga” procura
pela moeda. “Especialmente após o início do conflito geopolítico entre os
Estados Unidos e o Irã. O Banco Central está buscando a auto-regulação do
mercado, até porque não há sinais de ataque à nossa moeda”, avalia.
Na agenda de indicadores, às 10h30, sai o índice de preços ao consumidor
(CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, em dezembro, com expectativa de
alta de 0,2% em base mensal, no qual deixa investidores estrangeiros cautelosos
à espera dos dados.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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Atualizado em: 29/04/2025 09:50