Porto Alegre, 15 de setembro de 2014 – O dólar opera em alta ante o real,
impulsionado pela expectativa de que as próximas pesquisas eleitorais
mostrarão aumento no apoio à reeleição de Dilma Rousseff, enquanto no
mercado de juros as taxas acompanham o mercado dos Estados Unidos e recuam após
dados mistos sobre a indústria do país.
“Depois que as últimas pesquisas mostraram Dilma [Rousseff, do PT]
avançar e Marina [Silva, do PSB] recuar no primeiro turno, e, além disso, o
empate técnico entre as candidatas no segundo turno, os investidores temem a
continuidade do fortalecimento da presidente”, diz o gerente da Treviso
Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo.
As especulações sobre os potenciais resultados das pesquisas eleitorais
do Ibope e do Vox Populi prevalecem sobre indicadores econômicos e colaboram
para manter a valorização do dólar comercial ante o real.
Segundo o gestor da Treviso, a queda na rejeição de Dilma e a melhora na
avaliação do governo são preocupantes, pois indicam que a candidata terá
força no segundo turno. Diante de um empate técnico, os analistas de mercado
costumam utilizar esses parâmetros para apontar um possível vencedor no
pleito.
Há pouco, o dólar comercial subia 0,51%, cotado a R$ 2,3460 para compra
e a R$ 2,3480 para venda. No mercado futuro, os contratos da divisa com
vencimento em outubro expandiam 0,31%, a R$ 2.357,500, e os para novembro tinham
alta de 0,54%, cotados a R$ 2.381,000. A tendência é de que estabilidade
deste cenário até o fechamento.
Os investidores deixaram em segundo plano dados que mostraram uma queda
inesperada na produção industrial dos Estados Unidos em agosto ante julho, de
0,1%. O indicador foi contrabalançado por um índice sobre as condições para
a indústria na região de Nova York, que atingiu o maior nível desde o final
de 2009.
A queda na produção industrial, no entanto, chegou a afetar brevemente o
mercado de câmbio, pois indica que a maior economia global ainda não está
totalmente na trilha da recuperação e enfraquece a perspectiva de um aumento
antecipado nas taxas de juros dos Estados Unidos – fator que aumentaria o fluxo
de investimentos dirigido ao país. As informações partem da coluna
PERSPECTIVA da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50