CÂMBIO: Dólar opera em alta de 0,68%, a R$ 3,9880

Porto Alegre, 21 de setembro de 2015 – O dólar comercial e as taxas dos
contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) têm altas expressivas diante da
semana decisiva que o governo terá para conseguir aprovar as medidas no
Congresso que possibilitem o ajuste fiscal. O temor de que os parlamentares
derrubem o veto da presidente Dilma Rousseff para reajustar em 78% os salários
dos servidores do Judiciário e a volta da CPMF são consideradas as principais
votações.

“Os ajustes fiscais serão totalmente comprometidos caso o Congresso
derrube o veto da presidente ao reajuste do Judiciário porque seria um custo
adicional de R$ 25,7 bilhões. Também veremos qual será o poder de
articulação do governo para que a CPMF volte e seja nova fonte de
arrecadação. Não será fácil, pois o Senado e a Câmara estão arredios com
mais um imposto”, disse o diretor de câmbio da Correparti Corretora, Jefferson
Luiz Rugik.

A possibilidade de que essas e outras medidas não sejam conduzidas
conforme a necessidade do governo só aumenta o risco de agências de
classificação de riscos cortarem o rating soberano do Brasil, assim como fez a
Standard & Poor’s (S&P), afirmou o economista da Lerosa Investimentos, Carlos
Fernando Mendes Vieira. A possibilidade de alta na taxa de juro dos Estados
Unidos na próxima reunião do banco central também pressiona a moeda.

Diante deste cenário, o dólar comercial subia 0,68% por volta das
14h20, a R$ 3,9880. Mais cedo, porém, já havia atingido a máxima intraday de
R$ 3,9940, passando a ser negociado acima de R$ 3,99 pela primeira vez desde 11
de outubro de 2002. No mercado de juros, a taxa do DI para janeiro de 2017
avançava de 15,42% para 15,64%, e do DI para janeiro de 2016 tinha alta de
14,47% para 14,55%. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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