CÂMBIO: Dólar opera em alta de 0,80%, a R$ 3,6360

Porto Alegre, 26 de agosto de 2015 – As taxas de depósitos
interfinanceiros (DIs) mantinham o viés de queda, apesar da alta do dólar, com
a perspectiva que o nível de atividade fraco no País limite uma alta das
taxas de juros.

“Os longos caem mais, com esse nível de atividade ruim e estrangeiros
operando. Já o dólar sobe com os números dos Estados Unidos mais fortes. A
moeda está bastante volátil e há uma série de boatos deixando o ambiente
político mais tenso, como a de uma possível saída do [ministro da Fazenda,
Joaquim] Levy”, diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.

Para Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, a incerteza
política ainda é o que mais pressiona a moeda, levando o dólar a se apreciar
mais sobre o real que em relação às principais divisas lá fora. “O dólar
dá sequência ao movimento de ontem, com problemas políticos e as
investigações da Operação Lava Jato cada vez mais trazendo à tona nomes
importantes. A pressão externa com Estados Unidos e preocupação com a China
também colabora”, diz.

Por volta das 13h15, o dólar subia 0,80% a R$ 3,6360, desacelerando
após bater a máxima de R$ 3,6570 – renovando o maior patamar em 12 anos, desde
14 de fevereiro de 2003, quando a cotação da moeda atingiu no intraday R$
3,70. A taxa do DI para outubro deste ano caía de 14,17% para 14,16%,
movimentando R$ 21,573 bilhões, seguida da taxa do DI para janeiro de 2017, que
passava de 14,19% para 14,08%, com giro de R$ 20,157 bilhões. As informações
partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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