CÂMBIO: Dólar opera em alta de 1,04%, a R$ 3,8810

Porto Alegre, 7 de outubro de 2015 – As dúvidas quanto ao apoio do
Congresso à presidente Dilma Rousseff após a reforma ministerial cresceram
após o novo adiamento da análise de vetos no Congresso e influenciaram a
inversão da moeda norte-americana, que passou a subir. Até então, o real
sustentava alta diante da declaração de que a Moody’s não deve rebaixar a
nota de crédito brasileira neste ano. Os contratos futuros de juros, que
operavam voláteis mais cedo, também sobem com incertezas do cenário
político.

Para Rodrigo Ruiz, gerente de câmbio da Indusval Corretora, os mercados
passaram a responder mais às incertezas dos investidores quanto ao apoio do
Senado e, principalmente, da Câmara após a reforma ministerial, anunciada na
sexta-feira. “Uma das coisas que ajudou na melhora dos três mercado
(câmbio,juros e Bolsa) foi a reforma ministerial com a previsão de mais apoio
à presidente. O adiamento de hoje gera dúvida, com a probabilidade do governo
não estar tão favorito nas votações do Congresso como se previa”, observa.
Sobre a votação das contas públicas no TCU logo mais às 17h, Ruiz diz que os
mercados já estão precificados com uma reprovação das contas.

Na opinião de José Roberto Carreira, operador de câmbio da Fair
Corretora, os fatores externos devem ter mais peso no mercado que o risco
político. “A tendência é que o dólar continue caindo”, comentou. “O
dólar já tinha virado ontem com a previsão do Federal Reserve e a
declaração da agência (Moody’s) de não rebaixar o Brasil”, lembrou.

Neste cenário, o dólar comercial, que chegou a ter queda superior a
1% hoje, virou e tem alta de 1,04%, negociado a R$ 3,8810 para a venda. Das
taxas de DIs mais negociadas, a para janeiro de 2017 subia de 15,25% para
15,35%, os contratos para janeiro de 2016 subiam de 14,38% para 14,39% e as para
janeiro de 2018 subiam de 15,41% para 15,58%. As informações partem da
Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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