Porto Alegre, 6 de março de 2015 – O dólar voltou a superar o patamar
dos R$ 3 após dados do governo dos Estados Unidos mostrarem que em fevereiro a
economia do país criou mais vagas do que o previsto. A notícia levou a moeda
norte-americana a atingir R$ 3,0540, maior nível desde 6 de agosto de 2004,
quando a máxima da sessão foi de R$ 3,062.
A economia dos Estados Unidos gerou 295 mil empregos em fevereiro e a
taxa de desemprego do país caiu a 5,5%. O dado veio bem acima da estimativa dos
analistas, que previam criação de 230 mil vagas em fevereiro e queda da taxa
para 5,6%, depois da taxa de 5,7% registrada em janeiro.
“Foram os dados mais fortes da economia norte-americana que
impulsionaram o dólar. Um resultado nesse patamar não era previsto, pois o
país teve um inverno rigoroso. portanto, é reforçada a hipótese de que o
banco central do país elevará a taxa de juros nos próximos meses”, disse o
gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa.
Segundo o especialista, a reunião entre o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, faz surgir
especulações de que está em discussão a prorrogação do programa de swap
cambial, previsto para terminar no fim do mês. “No começo do ano, o Levy
enfatizou que o governo não iria interferir no câmbio, mas a situação pode
mudar diante do avanço expressivo”.
O diretor da Pioneer Corretora de Câmbio, João Medeiros, acredita que
no encontro entre Levy e Tombini o presidente do BC deverá argumentar que a
quantidade de dólar colocada no mercado é suficiente e não seria mais
necessário fazer leilões, apenas as rolagens em quantidade menor.
Medeiros comentou que o dólar também está subindo em relação a
outras moedas, como euro, iene, franco suíço e libra, em razão dos dados
positivos sobre o emprego nos Estados Unidos, pois os indicadores reforçam a
tese de aumento na taxa referencial de juros norte-americana.
“Essas moedas também ficam pressionadas com a expectativa de que o Fed
possa antecipar o aumento nos juros. Como os juros estão negativos em alguns
países, ocorreria uma migração dos investimentos para os Estados Unidos”,
pontuou.
O executivo destacou que projeção de que o dólar atingisse o patamar
de R$ 3 era apenas para o segundo semestre e que neste momento, o mercado fica
sem referência para o comportamento da divisa.
Às 13h40, o dólar comercial subia 1,46%, cotado a R$ 3,0550 para venda,
e, no mercado futuro, o contrato da moeda com vencimento em abril avançava
1,58%, a R$ 3.072,50. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
Copyright 2015 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45