São Paulo, 16 de maio de 2019 – O dólar comercial opera com viés de alta
frente ao real desde a abertura dos negócios refletindo as incertezas com a
política local em meio às manifestações em todo o país ontem contra os
cortes de recursos destinados à educação e aos indícios de que o senador e
filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), esteja envolvido
em esquema de lavagem de dinheiro por meio de venda de imóveis.
Às 10h03 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,35% no
mercado à vista, negociada a R$ 4,0110 para venda, depois de oscilar entre
mínima de R$ 3,9960 (-0,05%) e máxima de R$ 4,0160 (+0,45%). No mercado
futuro, o contrato para junho subia 0,18%, a R$ 4,0165. Lá fora, o Dollar Index
operava em alta de 0,13%, ao redor dos 97,700 pontos. Entre as principais
moedas de países emergentes, o movimento é de valorização frente ao dólar.
Lá fora, o ambiente é mais positivo no mercado acionário e com o dólar
perdendo força ante as divisas emergentes. Porém, analistas da H.Commcor
chamam a atenção para “alguma limitação” de avanços dos ativos locais
após manifestações contra os cortes na educação, ontem em todo o país.
“[As manifestações] ativaram um certo ‘dejà-vu’ em termos de
protestos de rua impactando a governabilidade. Em bom português, os protestos
alimentam receios de que a leitura de fraqueza do atual governo possa estar se
disseminando, fortalecendo a oposição e naturalmente dificultando a agenda de
reformas, com foco na Previdência”, avaliam.
O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca o
ambiente político turbulento, com o governo “mergulhado” numa crise
política, “enfrentando forte hostilidade no Congresso”, diz. Cenário que
pode piorar em meio às investigações do Ministério Público do Rio de
Janeiro (MP-RJ) envolvendo o clã Bolsonaro.
O MP encontrou indícios de que o gabinete de Flávio Bolsonaro, quando era
deputado estadual no Rio de Janeiro, pode ter formando uma organização
criminosa “com alto grau de permanência e estabilidade” voltada para cometer
crimes de desvio de dinheiro público.
Segundo documentos publicados pela revista “Veja”, Flavio lucrou R$ 3,089
milhões em negócios com imóveis entre 2010 e 2017. Nas transações, há
“suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”, diz o
Ministério Público. Para os procuradores do caso, a fraude teria como
objetivo simular ganhos de capital fictícios para encobrir o enriquecimento
ilícito decorrente de desvios dos recursos da Assembleia Legislativa do Rio.
As informações são da agência CMA.
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Cotação semanal
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R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 15/05/2025 09:30