CÂMBIO: Dólar opera em alta, puxado por incertezas globais

Porto Alegre, 9 de agosto de 2023 – O dólar sobe, sem ímpeto. A moeda, que demonstra
volatilidade, reflete o ambiente de incertezas globais, puxado por Estados Unidos e China.

Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi,”o momento é difícil
para o câmbio, já que está todo mundo sem convicção do que fazer. O mais natural seria o dólar
flutuar entre R$ 4,70 e 4,90″.

Borsoi explica que o mercado tenta entender quais serão os próximos passos do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano), e que a inflação norte-americana, que será divulgada
amanhã, pode ser um bom indicativo.

Embora os fatores sejam globais, Borsoi acredita que no final das contas o real pode decepcionar
por não ter aproveitado o bom momento doméstico, e que a economia brasileira mostra sinais de
desaceleração.

Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o que pesa para o real é que as
commodities caíram nos últimos dias. Do final de julho para cá, o minério de ferro recuou 10% e
a soja caiu 11%”.

Weigt entende que o driver de hoje, assim como nas últimas sessões, é a China, e que a
inflação nos Estados Unidos deve balizar o câmbio nos próximos dias.

De acordo com a Ajax Research, “lá fora, ações e commodities se recuperam, enquanto os juros
dos Treasury Bonds (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) ficam relativamente estáveis, em dia de
agenda esvaziada. Por aqui, ambiente externo positivo devem favorecer os ativos locais”.

Por volta das 15h39 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,20%, cotado a R$ 4,9071
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em setembro de
2023 avançava 0,08%, cotado a R$ 4.927,00. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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