Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2015 – A fala do ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, mencionando a tendência das taxas de juros voltarem a cair
influenciava as taxas de depósitos interfinanceiros (DIs), que operavam em
queda. O dólar, por sua vez, opera instável, também reagindo aos comentários
do ministro, mas pressionado pelas preocupações com Grécia e Rússia.
“O dólar opera próximo das mínimas do dia, com a fala do Levy
trazendo um certo alívio pontual, com influência maior nos juros, mas o
cenário externo de tensão com Grécia e Rússia acaba pesando. A tendência é
que a moeda fique lateral [próximo à estabilidade] à espera da fala da
[presidente do Fed, Janet] Yellen, que deve ser monitorada”, diz Flávio
Serrano, economista-sênior do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI).
“O mercado [de câmbio] está bastante volátil. Teve a fala do Levy
aqui e lá fora o dólar está se valorizando ante as outras moedas. A
preocupação com a Grécia permanece e isso deixa a moeda mais arisca, com o
cenário de aversão a risco”, diz Ovídio Soares, operador da Icap.
O ministro da Fazenda declarou esta manhã que a responsabilidade fiscal
deve ajudar a trazer a curva longa de juros (DIs) para patamares cada vez
menores.
“A trajetória histórica de redução de juros vai continuar. Isso se
reafirmou no Brasil com a percepção da responsabilidade fiscal”, disse o
ministro durante evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil
(CCFB).
No mercado externo, o Eurogrupo (que reúne os ministros de Finanças da
zona do euro) concordou em estender o programa de empréstimos da Grécia em
quatro meses, evitando que o país fique sem dinheiro na próxima semana. Em
troca, o governo grego terá que apresentar hoje uma lista de detalhes sobre as
reformas a serem feitas no país.
Os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia, seguido do
rebaixamento do rating da Rússia pela Moody’s para grau especulativo
contribuem com o cenário mais pesado externamente.
Yellen discursa amanhã e na quarta-feira, quando pode sinalizar os
rumos da política monetária dos Estados Unidos.
Por volta das 13h55 o dólar comercial caía 0,34% a R$ 2,8690 para
venda, após bater máxima de R$ 2,9050 e mínima de R$ 2,8720. No mercado
futuro, o contrato para março subia 0,12%, a R$ 2.878,50, e o contrato para
abril caía 0,13% a R$ 2.908,00. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45