Porto Alegre, 1 de dezembro de 2014 – O dólar comercial opera em queda
ante o real, mas a moeda se aproxima da estabilidade. Segundo Luciano Rostagno,
dados externos pressionam uma possível alta,
aumentando a aversão ao risco.
“Nos Estados Unidos, teve o PMI [índice dos gerentes de compras] de
manufaturados e voltou a estabilidade da leitura do mês anterior. Na China, o
PMI veio pior que o esperado, chegando ao menor nível em seis meses”, comenta
Rostagno.
No mercado interno, falas do presidente do BC, Alexandre Tombini,
pressionam a moeda, que chegou a atingir a mínima de R$ 2,5450. Na sexta-feira,
Tombini negou ter dado qualquer sinal sobre a continuidade do programa de
proteção cambial.
Durante a apresentação da nova equipe econômica do governo na
quinta-feira (27), Tombini disse num discurso que o estoque de derivativos de
câmbio ofertados pelo BC sob o programa de proteção cambial “vem sendo
administrado em operações que são renovadas mensalmente, vencem quase que
uniformemente ao longo dos próximos trimestres e devem continuar a ser
renovadas no futuro, observadas as condições de demanda”.
Horas depois, no entanto, em entrevista ao Blog do Planalto, a autoridade
negou ter apresentado um sinal de que o programa de proteção cambial será
renovado no ano que vem. “Eu não disse absolutamente nada em relação ao que
vai ser o programa a partir de 1o de janeiro de 2015”, disse Tombini.
“O que eu disse é que temos uma posição confortável. Também disse
que o volume atual [das operações], ligeiramente superior a 100 bilhões de
dólares equivalentes, é um nível bom de proteção aos agentes econômicos
contra variações bruscas na taxa de câmbio. Com esse cenário é que vamos
definir até o final do ano o que será decidido a partir de 1o de janeiro de
2015”, acrescentou.
“O mercado começou a devolver após o que o Tombini falou, tentando
esclarecer que não era bem aquilo que ele disse antes e o mercado assustou um
pouco”, afirma José Roberto Carreira, operador de câmbio da Fair Corretora.
Também influencia os mercados hoje a expectativa sobre a aprovação da
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve alterar a meta de superávit
primário para este ano, prevista para acontecer amanhã no Congresso.
Às 14h50, a moeda caía 0,42%, a R$ 2,5610 na venda. O contrato com
vencimento em janeiro caía 0,15%, a R$ 2.582,500 pontos. As informações
partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 05/07/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 7,25Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.170,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 64,00Preço base - Integração
Atualizado em: 05/07/2024 14:00