Porto Alegre, 26 de janeiro de 2023 – O dólar virou e opera em tímida queda. A moeda reflete o
intenso fluxo estrangeiro e a expectativa de um Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) menos duro na reunião da próxima semana.
Segundo o sócio fundador da Pronto! Invest Vanei Nagem, “o dólar está próximo do zero o
tempo todo. Isso mostra um mercado cauteloso, e o dólar não tem força para subir”.
“Existe, nos Estados Unidos, um pequeno recuo da inflação e uma recessão que não é grave,
enquanto a Europa mostra traços de melhora”, avalia Nagem.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos subiu 2,9% no último trimestre de 2022,
minimamente acima das projeções de 2,8% do mercado. Ainda assim, ele desacelerou na comparação
com o crescimento do terceiro trimestre de 2022 (+3,2%).
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “os números americanos saíram um
pouco mais fortes, mas hoje não tem um grande motivo, parece uma correção. O real ainda tem
espaço para se valorizar mais”.
“Os investidores institucionais que investem em emergentes estão com poucas opções. A
situação doméstica precisa se deteriorar muito para ver o real se desvalorizar”, analisa Weigt.
De acordo com o boletim da Mirae Asset, “no Brasil, o dólar ameaça quebrar o piso psicológico
dos R$ 5,00, mesmo considerando a profusão de declarações desconexas proferidas pelo presidente
Lula estes dias. Seguem ingressando recursos no país, reforçando a elevada liquidez dos mercados e
o bom diferencial de juros interno e externo. Há espaço para recuo a R$ 4,60 nos próximos dias se
o Governo se mostrar mais afinado e entregar nos próximos meses uma agenda de reformas atrativa.
Além disso, a autonomia do Banco Central (BC) deve ser preservada, com o (presidente do BC),
Roberto Campos Neto, apertando a política monetária, diante dos problemas fiscais de sempre”.
A Mirae também entende que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos está próximo do
final, com oFed sinalizando uma taxa terminal de 5,0%, com a inflação que dá sinais de
desaceleração.
Por volta das 16h03 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,15%, cotado a R$ 5,0710
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em fevereiro de
2022 recuava 0,04%, cotado a R$ 5.077,00. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45