CÂMBIO: Dólar opera em queda, a R$ 3,98, em otimismo exibido no exterior

Porto Alegre, 28 de outubro de 2019 – O dólar comercial abre a semana
carregada de indicadores e de eventos em queda exibindo otimismo em parte dos
mercados, operando abaixo de R$ 4,00. Investidores digerem a eleição de
Alberto Fernández para presidente da Argentina em primeiro turno contra o atual
presidente, Mauricio Macri. Além do adiamento do prazo de acordo de saída do
Reino Unido da União Europeia, o Brexit.

Às 9h58 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,54%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,9870 para venda, enquanto o contrato para
novembro caía 0,46%, a R$ 3,9880. Lá fora, o Dollar Index tinha ligeira queda
de 0,05%, aos 97,779 pontos.

Investidores acompanham o Brexit após a União Europeia concordar em adiar
o prazo de saída do Reino Unido do bloco econômico para 31 de janeiro. O
prazo terminaria na quinta-feira e essa foi a terceira extensão do prazo. O
Reino Unido pode sair do bloco europeu antes do novo prazo, desde que toda a
legislação relacionada ao Brexit seja aprovada no Parlamento britânico.

Em semana pesada de indicadores no exterior e aqui e de eventos, o
economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, chama a atenção para a decisão de
política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano),
na quarta-feira em que o mercado aposta em corte de 0,25 ponto percentual (pp)
com os juros chegando a faixa entre 1,50% e 1,75%.

“É de suma importância neste momento de acordo comercial com a China
porque, com a possível sinalização do Fed de conclusão do ciclo de
afrouxamento monetário, a tendência é de atenção aos indicadores
macroeconômicos com maior intensidade”, ressalta. No fim da semana, será
divulgado o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll.

Analistas da H.Commcor reforçam que por mais que os cortes do Fed e do
Banco Central (BC) já sejam esperados – aqui a aposta é de queda de 0,50 pp
com o juro indo a 5,00% – a comunicação e as sinalizações dos bancos
centrais ficam no radar pela “alta relevância” para melhor calibrar
expectativas futuras, avaliam. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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