CÂMBIO: Dólar opera em queda com ajustes e de olho na política e exterior
Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2019 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real, depois de abrir em campo positivo, em correção à alta de
ontem influenciada pela liquidez reduzida com a ausência do mercado
norte-americano nos negócios. No exterior, investidores seguem atentos à
espera de novidades nas negociações entre Estados Unidos e China quanto a
guerra comercial.
Às 10h (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,18%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,7250 para venda, depois de oscilar na mínima
de R$ 3,7200 (-0,32%) e máxima de R$ 3,7460 (+0,37%). No mercado futuro, o
contrato para março caía 0,26%, a R$ 3,7265. Lá fora, o Dollar Index subia
0,11%, acima dos 97,000 pontos. Entre as principais moedas de países
emergentes, o movimento é misto ante o dólar.
“Está descontando a alta de ontem [+0,75%, a R$ 3,7320], enquanto o
assunto Bebianno foi só mais um fato e não há riscos para o andamento da
reforma da Previdência, o que volta ser foco dos investidores”, comenta o
analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho. O temor do mercado era
de que o “caso Bebianno” respingasse nos trâmites da Previdência.
Ontem, no início da noite, Gustavo Bebianno foi desonerado do cargo de
ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele é suspeito de
envolvimento em esquema de desvio de verbas de campanha do PSL quando à época
era presidente do partido. Para a equipe econômica da H.Commcor, a situação
ainda pode reservar alguns motivos para cautela, “especialmente, se Bebianno
direcionar munições, caso tenha, contra o governo Bolsonaro”, comentam.
Lá fora, com a volta dos Estados Unidos ao mercado após feriado, as
atenções seguem nas negociações entre norte-americanos e chineses sobre a
guerra comercial entre os países. O prazo que suspende a cobrança de
sobretaxas sobre produtos da China termina na próxima semana e o mercado anseia
por um desfecho positivo.
“Até o momento, as declarações de ambos apontam para progressos que
podem levar à um acordo até 1 de março [prazo final], ou mesmo resultar em
uma prorrogação do período por parte de Donald Trump [presidente dos Estados
Unidos]”, diz o operador de uma corretora nacional. Com informações da
Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2019 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,12Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.040,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 70,00Preço base - Integração
Atualizado em: 01/11/2024 16:00