CÂMBIO: Dólar opera em queda com menor aversão ao risco

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2016 – A menor aversão ao risco causada
pela melhora no indicador do mercado imobiliário chinês e o feriado homenagem
a Martin Luther King nos Estados Unidos colaboram para manter o dólar comercial
em queda ante o real. No entanto, indefinições no mercado doméstico
relacionadas à independência do Banco Central (BC) e a retirada das sanções
econômicas ao Irã deixam o ambiente instável.

Às 14h30 (de Brasília) a moeda norte-americana recuava 0,34%, negociada
por R$ 4,0330 para venda, reflexo do aumento dos preços dos imóveis
residenciais novos na China em 39 das 70 maiores cidades do país em dezembro.
“O mercado chinês tem forte influência sob o brasileiro, por isso ocorre este
movimento de queda. No entanto, é preciso ficar atento aos próximos dados e
à reação dos investidores internacionais”, disse o diretor da Albatross,
Pedro Trabbold.

No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos de Depósito
Interfinanceiro (DI) operavam em campos mistos, com as dos papéis de curto
prazo subindo, se ajustando às projeções de alta na Selic para a reunião do
Comitê de Política Monetária (Copom). No vencimento para abril deste ano a
taxa passava de 14,71% para 14,72%, e, para janeiro de 2017, de 15,55% para
15,60%.

Segundo uma fonte ouvida pela Agência CMA, as taxas longas se ajustam às
projeções de alta para a taxa de juros que variam entre 0,25 e 0,50 ponto
percentual. “Será preciso ver se o BC irá mostrar independência, subindo os
juros acima de 0,25 pp, ou se irá manter a taxa. O correto seria não fazer
modificações por causa do desempenho econômico ruim do País”. A taxa do
papel para janeiro de 2018 caía de 16,35% para 16,31%. As informações partem
da Agência CMA.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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