Porto Alegre, 20 de janeiro de 2015 – Levy anunciou ontem que o governo vai
recompor a cobrança do Programa de Integração Social (PIS), da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os
combustíveis. A decisão deve aumentar o preço da gasolina em
R$ 0,22 e o do diesel em R$ 0,15.
O governo também anunciou um aumento na alíquota de Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) incidente sobre o crédito para pessoa física,
passando-a de 1,5% para 3% ao ano, sendo mantido o adicional de 0,38% por
operação adotado em substituição à Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF).
Levy também anunciou que atacadistas e indústrias de produtos
cosméticos passarão a seguir regras iguais para o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI). Os atacadistas até então pagavam menos IPI.
Além disso, o governo também vai retomar a carga tributária original do
PIS/Cofins para produtos importados, passando-a de 9,25% para 11,75%.
“As medidas reforçam a percepção do mercado de que essa fase do ajuste
será sério. Aumentam as chances de atingir 1,20% [do PIB] de superávit
primário e, se não atingir, deve ficar próximo disso. Com isso, as chances de
rebaixamento da nota do Brasil diminuem e ajuda na queda do dólar e juros”,
avalia Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole.
Serrano, do Besi, aponta, ainda, que o cenário externo mais favorável
também corrobora para a queda nas taxas de juros e do dólar.
“Tiveram os dados da China, com o PIB levemente acima do esperado e o
Zew [que mede a confiança dos analistas financeiros e investidores
institucionais na economia da zona do euro] que surpreendeu, mas o que pega
mesmo é o Levy”, comenta Serrano.
Na visão de Serrano, as quedas de ontem no final do dia, influenciam um
movimento de correção no pregão. “O mercado ficou bem estressado ontem com a
história do apagão e as explicação da ONS [Operador Nacional do Sistema
Elétrico] tiraram um pouco da reação negativa. Tem isso também, um pouco da
correção do movimento exagerado”, diz.
Por volta das 13h55 (de Brasília), o dólar comercial operava em queda
de 0,97% ante o real, a R$ 2,6300, na venda. O contrato da moeda com vencimento
em fevereiro retraía 0,97%,a R$ 2.636,000. As informações partem da Agência
CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30