CÂMBIO: Dólar opera em queda de olho em guerra comercial e exterior

Porto Alegre, 27 de setembro de 2019 – O dólar comercial tem leve recuo
após oscilar na abertura dos negócios acompanhando o exterior que digere as
notícias envolvendo a política dos Estados Unidos e novas notícias a respeito
da guerra comercial entre norte-americanos e chineses. A novidade é que a
reunião entre os dois países estaria agendada para 10 de outubro, com
investidores calibrando o sentimento de alívio e de cautela.

Às 10h14 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha ligeira queda de
0,07% no mercado à vista, cotada a R$ 4,1590 para venda, enquanto o contrato
futuro para outubro recuava 0,29%, a R$ 4,1585. Lá fora, o Dollar Index operava
praticamente estável (+0,02%), aos 99,148 pontos. Entre as principais moedas
de países emergentes o movimento é misto ante o dólar.

Ontem, a rede de notícias norte-americana CNBC informou que representantes
dos governos dos Estados Unidos e da China devem se encontrar daqui duas
semanas para mais uma rodada de negócios. Nesta semana, o presidente Donald
Trump declarou que tal acordo pode sair “mais cedo do que se imagina”.

“Se por um lado temos esse viés pró-risco, que inclusive ajuda a
sustentar o mercado de ações no campo positivo, sabemos que o lado da cautela
também se mostra presente, com foco na situação política norte-americana.
Afinal, investidores seguem dosando diariamente as apostas de um efetivo
impeachment de Trump”, comenta a equipe econômica da H.Commcor.

O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, ressalta que as
incertezas sobre a continuidade dos conflitos comerciais e o impacto na economia
mundial, além dos riscos políticos envolvendo o pedido de afastamento de
Trump seguem “atrapalhando o sossego” dos investidores.

Aqui, começa o movimento para a formação da taxa Ptax – média das
cotações apurada pelo Banco Central (BC) – de fim de mês. Apesar da “briga”
entre comprados e vendidos ficar acirrada na segunda-feira, último pregão de
setembro, a movimentação começa na véspera, lembra o diretor de câmbio de
uma corretora local. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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