CÂMBIO: Dólar opera em queda, descolado do cenário global

Porto Alegre, 8 de setembro de 2022 – O dólar opera em queda. O movimento vai na direção
oposta ao cenário global, que precifica o aumento de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa básica de
juros europeia e a fala dura do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano), Jerome Powell, que não deu sinais de alívio na política monetária.

Para o economista-chefe da Infinty Asset, Jason Vieira, “o real está mais descolado do
exterior, dado o cenário externo ruim”. O economista destaca que a presidente do Banco Central
Europeu (BCE), Christine Lagarde, foi obrigada “a se render à realidade e assumir os erros” e ainda
aventou a possibilidade que o Brasil esteja na “vanguarda”, já que está na fase final do ciclo de
aperto monetário.

Nesta manhã, Powell disse que “o histórico previne contra o alívio prematuro da política
monetária”, fala classificada como hawkish (dura, propensa ao aumento dos juros) por Vieira.

De acordo com o boletim da Ajax Capital, “lá fora, dólar se enfraquece, com queda das taxas de
retorno anual dos Treasury Bonds. Beige book e recuo das cotações do petróleo foram os principais
fatores. Por aqui, afastados os piores cenários relacionados com o 7 de setembro e sem alterações
na corrida presidencial, ativos domésticos podem se recuperar”.

“O Beige Book reportou moderação na taxa de crescimento dos níveis de preços. Entretanto, os
preços dos alimentos, aluguéis, serviços de hotelaria e recreação continuaram com elevadas
variações”, apontou a Ajax.

Por volta das 14h12 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,38%, cotado a R$ 5,2190
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2022
recuava 0,20%, cotado a R$ 5.252,00.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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