Porto Alegre, 13 de março de 2020 – O dólar comercial opera em forte
queda frente ao real desde a abertura dos negócios, tendo exibido movimento
mais intenso, em dia mais positivo para o cenário externo em viés de
recuperação após as perdas recentes. Os bancos centrais dos Estados Unidos e
da China corroboram com o movimento após anunciar medidas para conter a forte
desvalorização dos mercados. Aqui, daqui a pouco, o Banco Central (BC) realiza
mais um leilão – de linha, desta vez – na tentativa de conter novas altas da
moeda.
Às 9h55 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,89%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,7370 para venda, enquanto o contrato futuro
para abril recuava 1,33%, a R$ 4,7385. Lá fora, o Dollar Index subia 0,65%, aos
99,100 pontos. As principais moedas de países emergentes operavam com sinal
positivo ante o dólar, com o peso mexicano tendo alta de mais de 2%.
A equipe econômica da Commcor ressalta que os mercados ensaiam
recuperações “consideráveis”, mas ainda parciais em relação “à épica”
sessão de “pânico” vivida ontem com o dólar rompendo o patamar inédito de
R$ 5,00 e suspensão dos negócios (circuit breaker) no mercado acionário.
“O pano de fundo segue de extrema cautela em meio aos impactos do
coronavírus que impõe um misto de medo e insegurança em praticamente todos os
mercados, acarretando em iminente desaceleração, ou mesmo retração, de
diversos setores, além de levar governos e Bancos Centrais a ‘se virarem nos
trinta’ para oferecer algum suporte aos mercados”, comenta os analistas da
corretora.
Hoje, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) anunciou a
redução da taxa de depósito compulsório de 0,50 a 1,0 ponto percentual (pp)
para alguns bancos na tentativa de liberar até US$ 78,2 bilhões em liquidez no
sistema financeiro. A medida passa a valer na segunda-feira.
“Enquanto o Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano]
anunciou uma histórica injeção de liquidez de até US$ 1,5 trilhão entre
ontem e hoje em empréstimos de curto prazo [de um mês e três meses]”,
acrescentam os analistas.
Apesar do viés de queda, o gerente de mesa de câmbio de uma corretora
nacional não descarta o viés de volatilidade enquanto não há um “fato
novo” que aponte o fim “desse período turbulento”.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 31/07/2025 11:10