CÂMBIO: Dólar opera em queda, mas petróleo traz volatilidade

Porto Alegre, 3 de fevereiro de 2016 – Os mercados de câmbio e de juros
futuros replicam o movimento externo, com a aversão ao risco dando lugar a uma
recomposição. Com isso, a moeda norte-americana devolve a alta da véspera e
segue abaixo de R$ 4,00, nos menores níveis do ano, enquanto as taxas dos DIs
devolvem os prêmios embutidos na sessão anterior.

Às 13h45, o dólar comercial valia R$ 3,9570 (-0,72%) para a venda, depois
de ser cotado a R$ 3,9380 (-1,25%) na mínima do dia. O contrato futuro para
fevereiro estava em R$ 3.985,00 (-0,85%). Nos DIs, o vencimento para janeiro de
2017 tinha taxa de 14,35%, de 14,45% no ajuste; e o DI para janeiro de 2018
estava em 14,92%, de 15,03% após ajuste.

Segundo o economista do ABC Brasil, Luís Otávio Leal, o dólar e os DIs
estão acompanhando o exterior. Para ele, a pesquisa ADP sobre a geração de
postos de trabalho criados no setor privado dos Estados Unidos poderia
“intensificar” ou “devolver” o movimento, mas os números vieram quase
dentro do consenso. Já os estoques norte-americanos de petróleo bruto e
derivados trazem volatilidade nos negócios globais.

Internamente, um operador de renda fixa afirma que traz desconforto o
“inevitável” rebaixamento do Brasil pela Moody’s e a pressão do governo
para cortar os juros. Contudo, para Leal, a decisão da Moody’s não deve
“fazer preço” nos ativos locais. “Só se vierem dois cortes na rating, aí
teria impacto”, diz, ressaltando que o mercado espera o downgrade em um degrau,
para grau especulativo, com a perspectiva negativa. As informações partem da
Agência CMA.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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