CÂMBIO: Dólar opera em queda seguindo exterior, atento à política local

São Paulo, 6 de junho de 2019 – O dólar comercial opera em queda frente
ao real acompanhando o exterior onde o dólar opera mais fraco, com investidores
se apoiando na expectativa de afrouxamento monetário pelo banco central dos
Estados Unidos para compensar os impactos da guerra comercial com a China.
Tensões comerciais que voltam ao foco dos investidores. Aqui, o mercado
acompanha a política e os desdobramentos em torno da reforma da Previdência.

Às 9h52 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,77% no
mercado à vista, negociada a R$ 3,8660 para venda, enquanto o contrato para
julho caía 0,42%, a R$ 3,8725. Lá fora, o Dollar Index recuava 0,42%, acima
dos 96,900 pontos.

As preocupações com as tensões comerciais entre as duas maiores
economias ganham força, destaca a equipe econômica do Bradesco. O presidente
norte-americano, Donald Trump, afirmou que há “desdobramentos interessantes”
nas negociações com a China, mas alertou que há possibilidade de impor novas
tarifas.

A equipe econômica da H.Commcor destaca recentes declarações de Trump
reforçando a intenção de aplicar tarifas adicionais de US$ 300 bilhões em
importações chinesas, agravando ainda mais o clima entre os “gigantes” antes
do esperado encontro dos presidentes norte-americano e chinês, Xi Jinping, no
fim do mês durante a reunião do G20.

Os analistas do Bradesco ressaltam, porém, que por outro lado, os mercados
ainda demonstram “certo” otimismo em relação à recente sinalização do
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de que há espaço para
corte de juros nos próximos meses.

Por aqui, o adiamento de votações importantes no Congresso ontem, rumores
sobre flexibilização no teto de gastos após uma possível aprovação da
reforma da Previdência e o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) hoje
sobre a necessidade de privatizações passarem pelo Congresso, podem levar a
uma aversão ao risco. “Uma escalada para níveis acima dos R$ 3,90 não é
descartada”, diz o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.

As informações são da agência CMA.

Copyright 2019 – Grupo CMA