Porto Alegre, 10 de junho de 2022 – O dólar opera em alta, com rumo
definido. Os resultados de maio da inflação nos Estados Unidos alta de 1,0%
ante abril e acúmulo de 8,6% em 12 meses aumentam a pressão para um Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais hawkish (propenso ao aumento
de juros) a partir da reunião de julho.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, além da
inflação, o índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de
Michigan também chama a atenção. O indicador apontou 50,2 pontos em junho,
uma queda expressiva na comparação com maio (59,1 pontos). A projeção dos
analistas era de 58,1 pontos.
Rostagno entende que o banco central norte-americano demorou para subir os
juros e que talvez os juros tenham de ser muito acima do neutro. O estrategista
também observa que o tombo do real só não é maior devido à capitalização
da Eletrobras, aliviando a queda da moeda brasileira.
Segundo a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “a
leitura de hoje colocou por água abaixo a ideia de que os Estados Unidos
estariam próximos ao pico da inflação. Isso abre a hipótese de uma alta de
0,75% nos juros, na reunião de julho do Fed”.
Abdelmalack ressalta que o efeito desta inflação no câmbio só não é
maior devido à privatização da Eletrobras, que devir contribuir com o fluxo
estrangeiro.
Para o economista-chefe da Infitity Asset, Jason Vieira, “o resultado foi
péssimo, mas não me surpreendi. Os elementos estão todos desenhados para que
a alta continue”.
Vieira explica, em termos comparativos, que a inflação brasileira caminha
para o seu ápice, situação não observada nos Estados Unidos: “Enquanto não
fizerem, com seriedade, a diminuição do balance sheet (balanço) e,
principalmente, diminuir o dinheiro injetado na economia, nada vai mudar. O
mesmo para a Europa”, alerta.
Há pouco, o dólar comercial subia 1,19%, cotado a R$ 4,9770
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com
vencimento em julho de 2022 avançava 1,45%, cotado a R$ 5.005,50.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 12/12/2025
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R$ 1.925,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 12/12/2025 10:10