CÂMBIO: Dólar opera volátil, sem direção definida, após payroll e fluxo

São Paulo, 7 de dezembro de 2018 – O dólar comercial opera volátil após
cair ao nível de R$ 3,85, mínima do dia, após os dados de emprego dos
Estados Unidos (payroll) ficarem abaixo do esperado com a leitura de que a
elevação do juro norte-americano poderá ser menos intensa do que o mercado
previa. O preço atraiu compra e o contrato à vista oscila nos campos positivo
e negativo.

“Como o dólar caiu ao redor de R$ 3,86, atraiu tesourarias de banco
recompondo posições, já que ficou barato. Esse movimento deixa o contrato à
vista volátil, ensaiando alta. Mas acredito que suba mais um pouco até o
fechamento”, comenta o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Quanto ao payroll, o economista da Tendências, Silvio Campos, avalia que
com a criação de vagas de emprego abaixo do esperado (155 mil vagas; mercado
previa 195 mil), e com outros indicadores como o “chamado subemprego”, que
registrou alta, e a renda média salarial que subiram menos que o previsto na
margem, “são indicações que sancionam a recente aposta nos mercados, que o
Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] poderá avançar menos
que o sinalizado com o processo de aumento dos juros.

Antes do indicador, a moeda local operou descolada do exterior chegando à
máxima do dia de R$ 3,9260 para venda no mercado à vista. “Minha leitura é
de que o mercado estava forçando uma atuação do Banco Central [BC] que não
faz leilão de linha desde terça-feira, mesmo depois de o mercado viver dois
dias de forte aversão ao risco global. O BC entendeu que não é falta de
liquidez. Ao mesmo tempo que tem saída de fluxo de companhias e fundos, há
compra no mercado futuro”, reforça Rugik.

Às 14h54 (de Brasília), a moeda norte-americana operava com leve alta de
0,07%, cotada a R$ 3,8780 para venda, depois de registrar mínima de R$ 3,8590
(-0,41%). O contrato futuro para janeiro tinha leve queda de 0,07%, a R$ 3,8800.
Lá fora, o Dollar Index recuava 0,17%, aos 96,965 pontos. A maioria das moedas
de países emergentes sobem ante o dólar, com destaque para os pesos argentino
e colombiano e a lira turca que sobem mais de 1%. O peso mexicano tem alta ao
redor de 0,50%.

As informações são da agência CMA.

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