Porto Alegre, 8 de dezembro de 2020 – O dólar comercial exibe volatilidade
na abertura dos negócios e oscila com viés de queda frente ao real com o
mercado doméstico digerindo ruídos políticos sobre o cenário fiscal, que
assustou o mercado ontem, no fechamento do pregão. O exterior segue no radar em
meio ao avanço da covid-19 nos Estados Unidos e com o impasse entre a União
Europeia e o Reino Unido.
Às 10h02 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,40%
no mercado à vista, cotada a R$ 5,1030 para venda, enquanto o contrato futuro
com vencimento em janeiro oscilava com ligeira alta de 0,02%, a R$ 5,1020. Lá
fora, o Dollar Index subia 0,15%, aos 90,928 pontos.
Ontem, na reta final dos negócios, os ativos domésticos foram fortemente
impactados por rumores que, segundo fontes, poderia englobar alguma forma de
flexibilização ao teto de gastos.
“O que naturalmente atinge nossa maior ferida: a crise fiscal. Fato é que
esse tipo de informação leva o mercado a fortes reações, com o real
devolvendo grande parte dos ganhos de ontem”, comenta a equipe econômica da
corretora Commcor.
Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, os rumores de
possível “drible” no teto de gastos trazem investidores “de volta à
realidade” em meio aos ganhos recentes. Ele acrescenta que o rumor, que sugeria
que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial excluiria despesas
financiadas com receitas desvinculadas do teto, “despejou um balde de água
fria” sobre o mercado.
“Após semanas de ralis sustentados pelo fluxo estrangeiro, avanços no
desenvolvimento de vacinas e a concretização dos resultados das eleições
norte- americanas, a disseminação dos ruídos sobre uma nova tentativa de
flexibilizar o teto de gastos reinstalou o clima de insegurança e indefinição
que rodeiam o futuro fiscal do Brasil”, ressalta.
Lá fora, o avanço da pandemia do novo coronavírus em vários países
desenvolvidos impõe cautela aos negócios, diz a equipe econômica do Bradesco.
Nos Estados Unidos, algumas regiões do país retomaram medidas de
distanciamento social, diante da aceleração do aumento de casos de covid-19.
“A indefinição sobre o comércio entre a União Europeia e o Reino Unido,
após o Brexit, também contribui para a aversão ao risco”, dizem os analistas
do banco. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 14/08/2025 10:30