Porto Alegre, 13 de abril de 2021 – O dólar comercial oscila forte frente
ao real desde a abertura dos negócios, operando nos campos positivo e negativo.
Ao abrir os negócios, a moeda operou acima de R$ 5,75 refletindo ainda as
incertezas do mercado doméstico com a política e com o Orçamento de 2021.
Porém, a moeda inverteu o sinal e recua abaixo de R$ 5,70 em meio a um
movimento técnico local.
Às 10h03 (de Brasília), a moeda norte-americana oscilava em queda de
0,36% no mercado à vista, cotada a R$ 5,7040 para venda, enquanto o contrato
com vencimento em maio caía 0,62%, a R$ 5,7100. Lá fora, o Dollar Index
inverteu o sinal e passou a oscilar com leve queda de 0,09%, aos 92,053 pontos.
“Teve um movimento de desmonte de posições compradas para realização
de lucros quando a moeda operou entre os níveis de R$ 5,74 e de R$ 5,75”,
comenta o diretor de uma corretora nacional, acrescentando que o resultado da
inflação norte-americana levou a divisa estrangeira a perder força no
exterior, principalmente, ante as moedas de países emergentes.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados
Unidos subiu 0,6% em março na comparação com o mês anterior, enquanto
analistas previam alta de 0,5%. O consultor de câmbio da Amplla Assessoria,
Alessandro Faganello, ressalta que o mercado monitora os índices de inflação
em países desenvolvidos para formar as apostas em relação à política
monetária, além de acompanhar o comportamento dos rendimentos das taxas de
juros futuros dos títulos de dívida dos governos.
“Mesmo com o Powell [Jerome, presidente do banco central norte-americano]
acreditando que a elevação da inflação é natural e transitória, leituras
acima das expectativas alarmam investidores”, avalia.
Sobre o cenário doméstico e as incertezas políticas, o economista-chefe
da Infinity Asset, Jason Vieira, reforça que a disparada do dólar ontem, na
reta final da sessão, refletiu os rumores indicando a possibilidade de retirada
dos gastos de saúde do teto, para acomodar as emendas.
“Ou seja, em termos fiscais, o Brasil basicamente prima pela pior
solução possível, ao invés de buscar as reformas que facilitariam o
recondicionamento dos gastos, a retirada do dinheiro ‘carimbado’ e a busca por
melhor arrecadação. É o arremedo, do arremedo, do arremedo”, destaca. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2021 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 08/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,28Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.630,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 69,00Preço base - Integração
Atualizado em: 14/08/2025 10:30