CÂMBIO: Dólar oscila, mas tem viés de queda, atento ao exterior, EUA e BC

Porto Alegre, 25 de março de 2020 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real, após oscilar sem rumo único na abertura dos negócios atento
ao exterior que opera mais positivo à espera da aprovação do pacote de
estímulos trilionário nos Estados Unidos. Depois de um acordo entre Congresso
e o governo norte-americano, a expectativa é de que seja votado ainda hoje.
Aqui, daqui a pouco, tem mais uma intervenção do Banco Central (BC).

Às 10h18 (de Brasília), a moeda norte-americana oscilava em queda de
0,19% no mercado à vista, cotada a R$ 5,0750 para venda, enquanto o contrato
para abril caía 0,50%, ao redor de R$ 5,08. Lá fora, o Dollar Index recuava
0,57%, aos 101,459 pontos.

O tão aguardado pacote de estímulos econômicos de US$ 2,0 trilhões pode
ser aprovado ainda hoje no Congresso dos Estados Unidos após líderes
democratas e republicanos do Senado chegarem a um acordo com a Casa Branca. Os
mercados globais operam otimistas à espera da votação.

O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, avalia que a propagação
do novo coronavírus no mundo segue em evolução e o isolamento de pessoas e
de países segue para fazer frente ao desequilíbrio do momento.

“Apesar da artilharia pesada de bancos centrais, surgem questionamentos
por uma ala de políticos e empresários sobre o tempo da paralisação da
economia em cada país. O temor é que uma parada mais longa cause sequelas
irreparáveis para empresas e empregos”, avalia.

Com forte oscilação na primeira hora de negócios, o diretor
superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca que o dólar
deveria ter tendência de queda no mercado doméstico em meio também às
intervenções do Banco Central (BC) que, daqui a pouco, realiza um leilão de
linha de até US$ 3,3 bilhões, além de acolher na sexta-feira as propostas
para operações compromissadas em moeda estrangeira.

Rugik ressalta, porém, que em tempos de crise, o dólar tem trabalhado de
forma disruptiva. “A única certeza continua sendo a forte presença da
volatilidade no nosso mercado”, diz. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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