CÂMBIO: Dólar oscila sem direção única antes de Ptax, atento ao exterior

Porto Alegre, 29 de novembro de 2019 – O dólar comercial opera sem
direção única frente ao real, no patamar de R$ 4,20, influenciado pela
tradicional disputa de formação de preço da taxa Ptax – média das cotações
apuradas pelo Banco Central – de fim mês, o que deve resultar em volatilidade
na primeira parte dos negócios. Além disso, a liquidez está reduzida no
exterior com o mercado norte-americano operando em horário mais curto hoje.

Às 9h54 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,11% no
mercado à vista, cotada a R$ 4,2110 para venda, enquanto o contrato para
dezembro subia 0,47%, a R$ 4,2100, em correção após cair 1,7% ontem, abaixo
de R$ 4,20. Lá fora, ainda em movimento de baixa liquidez, o Dollar Index
operava com ligeira alta de 0,05%, aos 98,420 pontos.

O economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, ressalta o pregão positivo
ontem quando a divisa estrangeira fechou desvalorizada ao redor de 1%, a R$
4,2160, e encerrou a sequência de três pregões seguidos de recorde de
fechamento, influenciado pela moeda “comportada” no exterior em meio ao
feriado de ação de graças nos Estados Unidos, enquanto aqui, o Banco Central
(BC) colocou na abertura dos negócios US$ 1,0 bilhão no mercado por meio de
leilão de venda da moeda no mercado à vista.

Enquanto à tarde, o Ministério da Economia revisou para cima os dados da
balança comercial saindo de déficit para superávit, o que animou investidores
locais e levou a moeda a renovar mínimas sucessivas a R$ 4,21. “O teste real
vem hoje e na próxima semana, pois o período ainda é sazonalmente e
favorável à saída de recursos ‘do sul ao norte’ e o dia enfrenta a
formação da Ptax”, destaca Vieira.

Até a formação de preço da Ptax, no início da tarde, analistas apostam
em volatilidade ao longo do pregão. A equipe econômica da H.Commcor destaca a
correção baixista do dólar ante a moeda local ontem de que era esperada por
boa parte do mercado. “Mas a rapidez do movimento, sem o mercado
norte-americano aberto, surpreendeu até aos mais ‘baixistas'”, avalia. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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