Porto Alegre, 20 de setembro de 2019 – O dólar comercial opera sem rumo
único frente ao real desde a abertura dos negócios em linha com o exterior,
onde investidores calibram e digerem as decisões de política monetária de
Bancos Centrais ao longo da semana, entre o Federal Reserve (Fed, o banco
central dos Estados Unidos) e o brasileiro. Além disso, voltam a observar a
guerra comercial entre norte-americanos e chineses que se preparam para mais uma
rodada de negócios no mês que vem.
Às 9h40 (de Brasília), a moeda norte-americana oscilava com ligeira queda
de 0,02% no mercado à vista, cotada a R$ 4,1630 para venda, enquanto o
contrato para outubro tinha queda de 0,15%, a R$ 4,1645. Lá fora, o Dollar
Index tinha alta de 0,20%, aos 98,464 pontos. Entre as principais moedas de
países emergentes o movimento é misto, seguindo a tendência global.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a desvalorização
do real, que segue acima do nível de R$ 4,15 não é “surpresa”, dada a
sinalização de continuidade do afrouxamento monetário pelo Banco Central
(BC). Na esteira das decisões de política monetária ao redor do globo, o
impacto aqui foi redobrado.
“O corte para 5% ao ano é certo, está contratado pelo BC e pelo mercado,
ainda que se cause enorme estranheza as projeções que deram base para
justificar tal sinalização. O problema é que o mercado já demanda uma taxa
mais expressivamente baixa do que os 5% sinalizados”, ressalta Vieira. Ontem,
várias instituições financeiras revisaram as projeções para a taxa básica
de juros (Selic) ao fim do ano. As apostas são ficam entre 4,5% e 5,0%.
Com a agenda de indicadores vazia, o mercado doméstico deverá seguir as
tendências vindas do exterior, em meio aos riscos geopolíticos com Estados
Unidos e Irã no front após os ataques à uma petrolífera estatal da Arábia
Saudita na semana passada, o que elevou o temor quanto a oferta de petróleo,
além de pressionar os preços da commodity.
Além das tratativas comerciais entre Estados Unidos e China, já que uma
delegação chinesa está em Washington para preparar mais uma rodada de
negociações entre os países nas próximas semanas, destaca o economista-chefe
da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45