Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020 – O dólar comercial oscila sem
direção definida no mercado à vista, enquanto o contrato futuro tem alta
firme frente ao real em dia da tradicional disputa pela formação de preço da
taxa Ptax de fim mês. Daqui a pouco, tem a primeira e aguardada intervenção
do Banco Central (BC) no mercado cambial do ano após o dólar fechar na máxima
histórica ontem, a R$ 4,2600.
Às 9h51 (de Brasília), a moeda norte-americana operava com ligeira alta
de 0,02% no mercado à vista, cotada a R$ 4,2610 para venda, enquanto o contrato
para fevereiro tinha alta de 0,34%, ao redor de R$ 4,26. Lá fora, o Dollar
Index tinha queda de 0,10%, aos 97,767 pontos.
A operação do BC será realizada entre 10h20 e 10h25 com o leilão de
linha no montante de US$ 3,0 bilhões em operação de venda de dólares no
mercado à vista conjugada com uma operação de swap reverso. Apesar da
operação, os analistas não descartam volatilidade na primeira parte dos
negócios, até a formação de preço da Ptax, com a disputa entre comprados e
vendidos, comenta o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
A forte valorização da moeda estrangeira no mercado local nos últimos
dias segue sendo sustentada pelo avanço do coronavírus na China. Em números
atualizados, as mortes subiram para 213 enquanto os infectados se aproximam de
10 mil pessoas em ao menos 20 países. Ontem, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) declarou emergência internacional em meio à epidemia, enquanto os
Estados Unidos registraram o primeiro caso da doença transmitido entre humanos.
Segundo Rosa, o posicionamento da OMS contra a adoção de restrições a
comércio e viagens, trouxe algum alívio para os mercados globais. Porém,
diante da escalada da doença e das incertezas sobre os impactos na economia
chinesa e mundial, investidores permanecem cautelosos. “O que mantém os
mercados sem direcional claro”, ressalta.
Para a equipe econômica do Bradesco, o coronavírus pode frustrar a
tentativa de estabilização da atividade econômica mundial. Afinal, a
paralisação de grande parte das atividades na China e o movimento de aversão
ao risco nos mercados poderão postergar ou suavizar, ao menos “de forma
pontual”, a recuperação esperada para este início de ano.
Hoje, o dia será marcado pelo fim da “novela” do Brexit, após mais de
três anos de discussão. O Reino Unido sai hoje da União Europeia. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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Atualizado em: 06/05/2025 09:25