Porto Alegre, 5 de fevereiro de 2020 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real, no nível de R$ 4,23, acompanhando o movimento mais positivo no
exterior, além de investidores locais estarem à espera da decisão de
política monetária do Banco Central (BC) após o fechamento. A aposta
majoritária é de corte na taxa básica de juros (Selic), o quinto seguido. As
vendas de ações da Petrobras pelo BNDES também estão no radar do mercado
doméstico.
Às 9h50 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,51%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,2370 para venda, enquanto o contrato para
março caía 0,46%, a R$ 4,2415. Lá fora, o Dollar Index tinha alta de 0,11%,
aos 98,064 pontos.
O destaque da sessão é a decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central no qual a aposta majoritária é de corte de 0,25 ponto
percentual (pp), renovando o piso histórico da Selic a 4,25% ao ano.
O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, ressalta que
o foco estará no comunicado, onde “se especula” que o BC pode deixar a porta
aberta para um novo corte na reunião do Copom em março. “O fraco resultado da
produção industrial em dezembro e os impactos do coronavírus sobre a
economia reforçam essas apostas”, avalia.
Investidores locais também devem acompanhar a venda de ações da
Petrobras pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com
expectativa de render R$ 23 bilhões. Para analistas da Commcor, o mercado vai
monitorar uma “importante” variável. “Como será a participação do
investidor estrangeiro na operação e os impactos na moeda local”, comentam.
Lá fora, os dados sobre a criação de emprego no setor privado
norte-americano podem ditar os rumos do dólar lá fora e contaminar o movimento
por aqui. A previsão é que tenham sido criadas 150 mil vagas em janeiro. O
dado é uma prévia do relatório de empregos, o payroll, que será divulgado na
sexta-feira. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 06/05/2025 09:25