Porto Alegre, 3 de julho de 2018 – O dólar abriu em queda em relação ao
real acompanhando o comportamento da moeda no mercado externo, onde o movimento
é de recuperação das divisas, principalmente, de países emergentes após a
forte alta de ontem. Além disso, o pregão será de menor liquidez à véspera
do feriado dos Estados Unidos. A Bolsa de Nova York encerrará o pregão às 14h
(de Brasília).
Às 9h53, a moeda norte-americana caía 0,35%, cotada a R$ 3,8990 para
venda, enquanto o contrato futuro para agosto operava em queda de 0,45%, a R$
3,907. Lá fora, o Dollar Index recuava 0,23%, aos 94,652 pontos. As principais
moedas emergentes se valorizam, com destaque para o peso mexicano e o rand
sul-africano, ambos têm alta de mais de 1%.
Segundo a equipe econômica da H.Commcor, em relatório, o pano de fundo
para a queda do dólar é um certo alívio do mercado com a Alemanha, já que a
chanceler alemã, Angela Merkel, indica ter resolvido uma delicada questão
imigratória que ameaçava a continuidade de seu governo, garantindo certa
força ao euro.
A tensão comercial entre os Estados Unidos e China segue na pauta a ver
que a imposição de sobretarifas aos produtos chineses e vice-versa deve
começar na sexta-feira (6). Porém, a declaração do presidente
norte-americano, Donald Trump, negando que tenha intenção de retirar os
Estados Unidos da Organização Mundial do Comércio (OMC) reforça um pouco o
sentimento de alívio nos mercados, pontua o Bradesco em relatório.
A guerra comercial entre os países provocou forte aversão ao risco no
pregão de ontem, com o avanço generalizado do dólar frente às moedas
globais. O economista-chefe da Infitiny, Jason Vieira, comenta que o tema vai
além das duas maiores potências econômicas. “Trump pode voltar a impor
tarifas aleatoriamente a diversos países, inclusive adotar uma tarifa global, o
que pode gerar retaliações desses países”, avalia. Com informações da
Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 29/04/2025 09:50