CÂMBIO: Dólar se ajusta após fluxo de repatriação e retoma nível de R$ 3,20

Porto Alegre, 1 de novembro de 2016 – O dólar abriu o pregão acompanhando
a direção externa, onde perde terreno para as moedas emergentes diante dos
números robustos de atividade na China, mas logo inverteu o sinal e passou a
subir ante o real. Com o fim do prazo para a repatriação de recursos de
brasileiros mantidos no exterior, os investidores ajustam a cotação do
câmbio, com a taxa voltando à faixa de R$ 3,20.

Às 12h, o dólar comercial subia 0,75%, cotado a R$ 3,2130, não muito
distante da cotação máxima do dia, a R$ 3,2190 (+0,94%). Na mínima, a moeda
norte-americana valeu R$ 3,1800 (-0,28%). No mercado futuro, o dólar para
dezembro subia 0,74%, a R$ 3,24.

O analista de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes, explica que o
mercado doméstico está se ajustando, após o “fluxo atípico” da
repatriação de recursos, cujo prazo de regularização encerrou ontem. “O
mercado está buscando um nível de equilíbrio para o dólar e respeita os R$
3,20 como piso”, diz.

Ele disse que esse nível foi visto, “lá atrás”, como suporte para a
moeda, quando, em meados de setembro, o dólar bateu essa marca e o Banco
Central alterou a oferta de contratos de swap cambial. Porém, ele acrescenta
que com a regularização de recursos externos, o BC “deixou o dólar andar”,
embora também tenha decidido não rolar os vencimentos de novembro, exercendo
uma pressão de alta no dólar.

Segundo um gerente da mesa de derivativos de uma corretora paulista, o
mercado doméstico de câmbio é totalmente influenciado por fatores internos,
uma vez que, “lá fora”, o dólar recua contra a maioria das moedas
emergentes, após o inesperado aumento da indústria chinesa. O índice dos
gerentes de compras (PMI) industrial do país alcançou o maior nível desde
meados de 2014. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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