CÂMBIO: Dólar se firma em alta com exterior e testa marca de R$ 3,34

São Paulo, 28 de março de 2018 – O dólar caminha para mais uma sessão
em que irá renovar o maior nível do ano, já cotado na faixa de R$ 3,34,
novamente influenciado pelo ambiente externo de maior aversão ao risco. O
movimento relega um eventual alívio com o leilão de venda de dólares com
compromisso de recompra (de linha), que o Banco Central realiza amanhã.

Às 14h09, o dólar à vista subia 0,33%, cotado a R$ 3,3430, não muito
distante da cotação máxima do dia, a R$ 3,3460 (+0,42%). Logo na abertura do
pregão, a moeda norte-americana ensaiou queda em relação ao real, indo até
R$ 3,3210 (-0,33%), na cotação mínima do dia. No mercado futuro, o contrato
do dólar para abril tinha alta de 0,54%, a R$ 3,3425.

Segundo o operador de câmbio da H.Commcor Corretora, Cléber Alessie, o
leilão de linha do BC ajudou pontualmente na abertura do mercado. “Mas
seguimos reféns do exterior, com os Estados Unidos alimentando tudo isso”,
diz, referindo-se ao noticiário ainda em torno de uma possível guerra
comercial e a estratégia do governo Trump de “primeiro assustar para depois
negociar”.

Ele lembra que o leilão do BC, de até US$ 2 bilhões, se coloca como uma
rolagem parcial dos US$ 3,5 bilhões vendidos na modalidade de linha e que
vencem na virada do mês. “Enquanto alguns podem achar na rolagem parcial um
motivo para alta, lembremos que o BC não rolou nada dos US$ 1,5 bilhão que
venceram no início de março”, emenda.

No exterior, o dólar tem desempenho misto em relação às moedas
emergentes, mas ganha terreno dos rivais de países desenvolvidos, refletindo os
números melhores que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados
Unidos ao final de 2017. Para a economista da CM Capital Markets, Camila
Abdelmalack, os dados sobre a economia norte-americana são importantes “para
auferir os passos da política monetária em 2018”.

As informações são da agência CMA.

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