CÂMBIO: Dólar segue aversão ao risco no exterior e sobe /dado dos EUA ajuda

São Paulo, 16 de setembro de 2016 – O dólar comercial inicia a sessão em
alta de 0,21%, a R$ 3,3090 para a venda, impulsionado pela aversão ao risco
observada no exterior, onde os mercados de ações recuam por receios com a
saúde do setor bancário europeu e após dados mostrarem uma leitura levemente
mais forte que a prevista para a inflação nos Estados Unidos.

Dados divulgados mais cedo mostraram que o índice de preços ao consumidor
norte-americano subiu 0,2% em agosto ante julho, alta maior que a de 0,1%
prevista pelo mercado. Na Europa, as bolsas recuam pressionadas pelo setor
bancário após a notícia de que o Deutsche Bank pode ser condenado a pagar US$
14 bilhões em multas à justiça dos Estados Unidos.

O índice do dólar – que mede o valor da moeda em relação a uma cesta
composta por euro, iene, e outras divisas – subia 0,49%. O dólar também
avançava em relação à maioria das moedas de países dependentes da venda de
commodities, diante da queda de mais de 2% nos preços do petróleo, motivada
pelo aumento das exportações da Líbia e da Nigéria.

Para Jefferson Luiz Rugik, diretor de câmbio da Correparti, o dólar deve
manter a atual volatilidade até a próxima quarta-feira (21), quando será
anunciada a decisão de política monetária dos Estados Unidos. A moeda deve
responder aos indicadores de cada dia, pois ainda não há consenso sobre qual
será a decisão do banco central do país. “Por aqui, o dólar deve seguir o
exterior e abrir em alta”, disse.

Na opinião de Newton Rosa, economista-chefe da Correparti, os mercados
têm reagido de forma imprevisível, sem curso definido, a cada divulgação de
dados americanos, comportamento que espelha as incertezas que cercam os rumos da
política monetária dos Estados Unidos.

As informações são da agência CMA.

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