Porto Alegre, 25 de outubro de 2018 – O cenário eleitoral brasileiro segue
pressionando a queda do dólar diante do real, mas encontra uma limitação no
ambiente externo que se encontra ainda muito desafiador. Com isso, a moeda
norte-americana segue operando em queda desde a abertura da sessão, devendo
permanecer neste ritmo até seu fechamento.
“Mercado segue ainda precificando e eleição de [Jati] Bolsonaro. Este é
um cenário dado e que traz uma entrada da moeda, aliviando um pouco o mercado.
Lá fora, segue a tensão em relação aos atentados com bombas para algumas
personalidades, além da questão da Itália e da retomada da economia da
Alemanha”, afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
de Câmbio.
De acordo com Pablo Spyer, analista da Mirae, colabora para a queda do
dólar a melhora no S&P 500, que sobe mais de 1% nesta manhã impulsionado pelos
dados de vendas de imóveis nos Estados Unidos, que vieram melhores do que o
esperado pelos analistas de mercado. As vendas de imóveis pendentes
norte-americanos subiram 0,5% em setembro ante agosto, enquanto a previsão era
de estabilidade para o indicador.
Por volta das 11h15 (horário de Brasília), o dólar comercial registrava
queda de 0,90%, sendo negociado a R$ 3,7140 para venda. No mercado futuro, o
contrato de dólar com vencimento em novembro de 2018 apresentava recuo de 0,57%
a R$ 3,712. “Ainda teremos muitos boatos pré-eleitoral e isso deve mexer com
o mercado”, disse Galhardo.
Na Alemanha, o índice de confiança do empresário da indústria e do
comércio caiu para 102,8 pontos em outubro, após marcar 103,7 pontos em
setembro (dado revisado), segundo informações do instituto de pesquisas
alemão CESifo Group.
“Nos Estados Unidos, a tentativa de ataques com bombas ainda não tem
muita explicação. Não sabemos se foram realizados por terroristas ou por
algum norte-americano muito insatisfeito com alguns políticos”, afirmou
Galhardo. Ontem foram interceptados pacotes contendo explosivos enviados para
lideranças do Partido Democratas, que faz oposição ao governo de Donald
Trump.
Também pesa sobre o sentimento do mercado mundial de câmbio um conjunto
de incertezas em relação ao comércio global – e em particular as relações
entre Estados Unidos e China -, ao andamento das negociações sobre o divórcio
do Reino Unido e da União Europeia e às tensões internacionais relacionadas
ao assassinato de um jornalista na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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