Porto Alegre, 21 de junho de 2019 – O dólar segue em queda acelerada desde
a abertura do pregão, mas ainda não conseguiu furar a marca de R$ 3,80. Os
investidores estão divididos entre as perdas da moeda norte-americana no
exterior, após o viés suave (“dovish”) do Federal Reserve, e a possibilidade
de novos cortes na taxa básica brasileira (Selic), o que reduz a atratividade
do diferencial de juros (“carrego”) pagos no Brasil.
Às 11h15, o dólar à vista caía 0,77%, a R$ 3,8210, enquanto o dólar
para julho recuava 0,49%, a R$ 3,8225. No exterior, o Dollar Index cedia 0,1%.
O diretor de tesouraria de um banco estrangeiro afirma que a porta aberta
pelo Fed para cortes nos juros dos Estados Unidos remove um dos fatores para os
investidores manterem uma posição comprada (aposta na alta) em dólar. “Mas
eles ainda têm outro [fator], que é o Copom”, ressalta.
Segundo ele, os ajustes na comunicação do Comitê de Política Monetária
deixaram dúvidas sobre o momento exato em que pode ter início o ciclo de
cortes na Selic. “Então os ‘comprados’ ainda tentam usar o Copom como uma
‘desculpa’ para manter essas posições mais defensivas”, explica.
Na mesma linha, o estrategista de multimercados da TAG Investimentos, Dan
Kawa, avalia que o cenário para o dólar é “menos óbvio”. “A taxa de
câmbio doméstica terá de enfrentar um ‘carrego’ mais desafiador, após as
indicações dadas pelo Fed do aumento da probabilidade de queda na taxa de juro
norte-americana”, explica. Para ele, com o diferencial de juros internos mais
baixos, o dólar dependerá, cada vez mais, do cenário externo. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40